O futuro da acessibilidade digital: o que esperar com as WCAG 3.0

Quando falamos do meio digital, há uma série de normas que garantem uma navegação inclusiva para todos. Mas você sabe quais são essas normas e quem as dita? A resposta para essa pergunta se dá por meio de uma sigla: WCAG. As Web Content Accessibility Guidelines, que se traduzem como Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo na Web, não são apenas um conjunto de regras técnicas, mas a chave para abrir o mundo digital a todos aqueles que enfrentam barreiras invisíveis na internet.

Criadas para tornar a internet um ambiente verdadeiramente inclusivo, as WCAG têm evoluído ao longo dos anos, acompanhando as mudanças tecnológicas e as diferentes necessidades de acessibilidade. Muito além de simples normas, essas diretrizes são o parâmetro base para definir o quão acessível e funcional seu site será para pessoas com deficiência, idosos e muitos outros grupos. E o impacto delas vai muito além da conformidade legal.

Então, que tal entender como as WCAG surgiram, conhecer mais sobre suas versões mais recentes e o que está por vir com a versão 3.0, além descobrir como a EqualWeb torna seus clientes aderentes a essas diretrizes? Continue a leitura e confira!

WCAG 3.0. Homem idoso sentado em uma cadeira, usando fones de ouvido conectados a um smartphone que ele segura. Ele veste uma blusa azul clara e óculos, aparentando estar em um ambiente doméstico. A origem e a evolução das WCAG

A necessidade de tornar a internet acessível para todos surgiu desde seus primeiros dias. Em 1997, o World Wide Web Consortium (W3C) criou a Iniciativa de Acessibilidade na Web (WAI) para liderar essa causa, e, dois anos depois, lançou a primeira versão das Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 1.0. Essa versão inicial apresentava 14 diretrizes focadas em garantir que pessoas com deficiência pudessem acessar e navegar pela web, mesmo com as limitações tecnológicas da época. Embora pioneira, essa versão lidava com um ambiente digital muito mais simples e menos interativo do que conhecemos hoje.

Com o rápido avanço da web e o surgimento de novas tecnologias, tornou-se claro que uma atualização era necessária. Em 2008, a WCAG 2.0 foi publicada, trazendo um documento muito mais extenso e detalhado. Essa versão introduziu os quatro princípios fundamentais que orientam a acessibilidade até hoje: perceptível, operável, compreensível e robusto. Além disso, a WCAG 2.0 foi adotada como norma ISO — a ISO/IEC 40500 —, o que a transformou em uma referência global, sendo amplamente adotada por governos e empresas que buscavam aderência aos padrões de acessibilidade globais.

Em 2018, chegou a WCAG 2.1, que foi uma expansão da versão anterior. Essa atualização adicionou novas diretrizes focadas em dispositivos móveis, interfaces táteis e a acessibilidade para pessoas com deficiências cognitivas. Com o aumento do uso de smartphones e tablets, essa versão foi de extrema importância para que a acessibilidade digital acompanhasse as mudanças nos padrões de consumo de tecnologia.

No final de 2023, a WCAG 2.2 foi publicada e tornou-se a recomendação oficial do W3C. Esta versão trouxe melhorias significativas para usuários que dependem da navegação por teclado e reforçou diretrizes voltadas para pessoas com deficiências cognitivas e motoras. A WCAG 2.2 é agora a versão mais atual e, provavelmente, será a última atualização da linha WCAG 2, preparando o terreno para a chegada da tão esperada WCAG 3.0, que promete transformar ainda mais o cenário da acessibilidade digital.

WCAG 3.0. Homem jovem usando óculos e digitando em um laptop. Ele está em um ambiente próximo a uma janela. O homem veste uma camisa xadrez.Qual a versão atual e como ter acesso a todas as mudanças divulgadas

A WCAG 2.2, publicada no final de 2023, trouxe uma série de melhorias focadas em tornar a web mais acessível para todos, mas com melhorias pensadas especificamente em três grupos: pessoas com deficiências cognitivas, pessoas com baixa visão e usuários que utilizam dispositivos móveis. O curioso sobre essa versão mais recente é que embora ela tenha introduzido novos critérios, a conformidade com a versão 2.2 garante que sites e plataformas que já seguem as diretrizes da WCAG 2.1 também estejam em conformidade com a WCAG 2.2, facilitando assim a transição e a conformidade com as novas exigências.

 

Entre os principais critérios adicionados pela WCAG 2.2, destacam-se:

 

  • Foco Não obscurecido (Nível AA e AAA): quando um elemento recebe foco, ele deve permanecer visível e não pode ser oculto por outros conteúdos da interface.
  • Aparência do Foco (Nível AAA): indicadores de foco devem ter contraste de cores suficiente e ser grandes o suficiente para serem claramente visíveis.
  • Movimentos de Arrasto (Nível AA): deve ser oferecida uma alternativa para qualquer funcionalidade que dependa de movimentos de arrasto, como o uso de cliques ou toques.
  • Tamanho do Alvo (Nível AA): todos os alvos interativos, como botões e links, devem ter pelo menos 24×24 pixels, para facilitar a interação.
  • Ajuda Consistente (Nível A): qualquer recurso de ajuda disponibilizado no site deve ser encontrado de forma consistente no mesmo local durante a navegação.
  • Entrada Redundante (Nível A): informações já inseridas por um usuário em um processo, como em um formulário, devem ser recuperadas para evitar que o usuário precise inseri-las novamente.
  • Autenticação Acessível (Níveis AA e AAA): os processos de autenticação devem oferecer alternativas que não dependam exclusivamente de memorização ou escrita correta, como o uso de gerenciadores de senhas ou preenchimento automático.

 

Interessados em acompanhar em tempo real todas as mudanças publicadas em relação às diretrizes, a fonte de informação ideal é o site oficial do W3C, onde  o documento completo da WCAG está disponível para consulta gratuita. 

O W3C também oferece conferências, relatórios e grupos de discussão para compartilhar as atualizações com desenvolvedores e organizações interessadas. Há também a possibilidade de inscrição em boletins informativos do W3C ou participação nos fóruns de discussão. Além disso, especialistas em acessibilidade realizam webinars e cursos para explicar as atualizações e ajudar na sua implementação prática.

WCAG 3.0. .Mãos digitando em um teclado de um notebok.O que esperar da WCAG 3.0?

A WCAG 3.0, atualmente em fase de rascunho (working draft), está sendo desenvolvida pela Silver Task Force com a proposta de uma transformação significativa em relação às versões anteriores. Essa nova versão busca ampliar o alcance das diretrizes, mantendo a sigla WCAG, mas alterando seu significado para W3C Accessibility Guidelines, refletindo assim a intenção de cobrir uma gama mais ampla de aspectos além do conteúdo web.

Entre as principais mudanças esperadas, destacam-se:

 

  • Diretrizes mais acessíveis: as novas regras serão escritas em uma linguagem simples e direta, facilitando o entendimento por pessoas que não são especialistas em tecnologia.
  • Foco nas necessidades dos usuários: a WCAG 3.0 será orientada para atender às necessidades dos usuários, em vez de focar em tecnologias específicas, o que permitirá que as diretrizes sejam aplicáveis a diferentes tipos de plataformas, como ePubs, PDFs e aplicativos móveis.
  • Nova estrutura de conformidade: os níveis “A, AA e AAA” serão substituídos pelos níveis Bronze, Prata e Ouro, proporcionando mais flexibilidade e granularidade na forma como as diretrizes serão implementadas.
  • Análise de conformidade mais ampla: diferentemente das versões anteriores, que analisavam conformidade página por página, a WCAG 3.0 permitirá que a acessibilidade seja avaliada em sites e aplicativos como um todo.
  • Requisitos para conteúdo de terceiros: novas diretrizes específicas serão criadas para lidar com a acessibilidade de conteúdo incorporado de terceiros.
  • Pontuação e métricas: testes e verificações, como amostragem e pontuação, farão parte do processo de avaliação de conformidade, tornando o processo mais objetivo e abrangente.

A expectativa é que a WCAG 3.0 traga maior flexibilidade e se mantenha atualizada com as constantes inovações tecnológicas, oferecendo um suporte mais abrangente e contínuo para a criação de produtos digitais acessíveis. Embora o lançamento oficial esteja previsto para 2028, a estrutura proposta promete tornar a acessibilidade digital mais fácil de ser adotada, tanto por iniciantes quanto por especialistas.

WCAG 3.0. Imagem de uma tela de laptop na página do site da EqualWeb Brasil.Como a EqualWeb oferece conformidade com as WCAG?

Agora que você já conhece como as WCAG surgiram, suas versões mais recentes e o que está por vir com a versão 3.0, fica claro o impacto de se manter em conformidade com a principal referência global de acessibilidade digital. A EqualWeb entende essa necessidade e se dedica a garantir que os sites de seus clientes estejam sempre de acordo com as diretrizes que moldam a acessibilidade digital.

Com tecnologia de ponta, nossos algoritmos de inteligência artificial monitoram a acessibilidade dos sites, atualizando-os automaticamente conforme as exigências das WCAG evoluem. Isso assegura que sua empresa esteja sempre à frente, sem sobrecarregar os desenvolvedores, e com uma navegação eficiente para todos os usuários, oferecendo assim uma navegação independente para todos. 

Nossa solução facilita a conformidade com normas internacionais, e também proporciona acessibilidade real para milhões de usuários em todo o mundo. Isso significa que as empresas que contam com as mais de 40 funcionalidades disponibilizadas ao clicar no ícone da EqualWeb, estão sempre preparadas para oferecer uma experiência inclusiva, acessível e inovadora para todos que acessam seus sites.

Empresas de todos os portes, como Motorola, Shell, Roche, Rock in Rio, Descomplica, Bilheteria Digital, e muitas outras já deram um importante passo rumo à inclusão e sua empresa pode seguir o mesmo exemplo. Acesse nosso site para saber mais sobre nossas soluções e fale com um de nossos especialistas para tornar seu negócio mais acessível e inclusivo a partir de hoje!

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